O sonho da via alternativa na Estrada do Sol

Da Redação do MCJB - 04/06/2016

Equipe do DER, da Administração Regional do  Jardim Botânico e membros do Movimento, vistoriam umas das pistas atuais que serão usadas na via alternativa da Estrada do Sol

A solução para a falta de mobilidade da Estrada do Sol pode estar próxima. Construtora propõe executar os projetos e pagar a maior parte do custo da obra em via alternativa que ligará as proximidades do Quintas do Sol com a DF-001, entre o balão da ESAF e o balão da JK. Comunidade, iniciativa privada e GDF podem se unir para essa solução.

A Estrada do Sol, com uma extensão de 8 km, é via de mão dupla, em sua maior parte sem pontos de ultrapassagem, sem acostamento, sem baia nos pontos de ônibus, muitas curvas e declividade e poucas alternativas de escape. A faixa lateral de afastamento da via pública, obrigatória por lei, e chamada “guarda de domínio”, não foi observada pelos condomínios e chacareiros, quando de sua ocupação.

A população que utiliza a Estrada do Sol - a maior parte dos condomínios do Jardim Botânico,  ainda é a metade da prevista. Mas o adensamento populacional de hoje já é suficiente para gerar um cenário de acidentes e engarrafamentos.

Por isso, uma via alternativa virou sonho de consumo de toda a população. Ela é possível, já foi objeto de inúmeros levantamentos e relatórios entregues ao poder público.

Na reunião do Movimento com o governador Rodrigo Rollemberg, em abril (relembre aqui), essa demanda comunitária foi apresentada e o governador determinou ao diretor presidente do DER que viabilizasse projeto definitivo para uma via alternativa. Técnicos do DER, da Administração Regional do Jardim Botânico e membros do Movimento receberam cópias de estudos anteriores, analisaram as possibilidades e fizeram uma vistoria nos locais possíveis.

A melhor opção

Entre as possibilidades, a opção melhor avaliada pela equipe foi a apresentada pela construtora Base, que tem projetos de empreendimentos imobiliários na região do Jardim Botânico. No dia 25 de maio, a Base apresentou a proposta, em exposição feita pela empresa ARIA, responsável pelo projeto habitacional ambientalmente planejado. A solução é uma extensão da via de acesso a esse projeto, planejado para ser executado na área que fica atrás do Solar de Brasília, em ponto que forma um triângulo com o Quintas do Sol.

A proposta apresentada é de uma extensão dessa via de acesso aos futuros moradores. Ela liga ponto ao lado do Condomínio Quintas do Sol com a DF-001, entre o balão da ESAF e o balão da JK, especificamente entre as quadras 1 e 2 do Solar de Brasília. Existem apenas dois obstáculos: um trecho de 300 metros está ocupado por uma propriedade particular e pela portaria do Condomínio Quintas do Sol. Entretanto, segundo informações da construtora,  o proprietário da área particular já concordou com a construção da pista, e o acesso à Estrada do Sol poderá ser feito ao lado da portaria do condomínio, que a construtora avalia possa ser subterrâneo.

Antigo estudo previa via alternativa saindo ao lado do Cond. Jardins do Lago Qd.9. Em vistoria ao local, técnicos descartaram essa hipótese

Ciclovia e outras melhorias

No projeto da Base há também previsão de ciclovia, com início na via alternativa, na altura do Condomínio Quintas do Sol, e término no final da pista, isto é, no Condomínio Verde e Belvedere Green. Essa duplicação é complicada, pois o afastamento mínimo de 5 metros da via pública, “guarda de domínio”, não foi observado pelos condomínios e chacareiros ao  construírem. O que se vê é uma via estreita, ladeada de muros em sua maior parte, sem espaços laterais.

O projeto também prevê uma outra pista duplicada para atender São Sebastião no futuro, que vai cruzar a Vila do Boa e permitir uma espécie de “anel viário” da região, facilitando a mobilidade de carros e ônibus entre as duas comunidades.

O diretor presidente do DER, Henrique Luduvice, gostou da proposta apresentada e informou que a levará ao governador. Segundo Luduvice,  “quando o Estado, a comunidade e o empreendedor querem o mesmo, isso é música para os governantes”.

Henrique Luduvice (c), se reúne com diretores da Construtora Base, do Movimento, administrador regional interino do Jardim Botânico, Alessandro Paiva e  sua equipe

A presidente do Movimento, Rose Marques, reafirmou que a proposta do Movimento é achar soluções para os problemas da comunidade, sem ficar apenas na reclamação. “Sabemos da urgência dessa pista alternativa, da importância que ela tem na questão da mobilidade para a região do Jardim Botânico e apresentamos, agora, uma possibilidade real de execução desta obra, com baixo custo para o Estado, pois a construtora faria a maior parte”, afirmou.

Luduvice informou que, após uma análise do DER, o estudo será avaliado pelos órgãos ambientais competentes e, assim que as licenças ambientais estiverem emitidas, os projetos executivos estarão liberados e a obra poderá começar, porém não arrisca uma previsão de data.

DIVULGAÇÃO

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