domingo, 8 de maio de 2016

Mulher mura praça pública no Jardim Botânico e se diz proprietária

Da Redação do MCJB - 08/05/2016
Foto: Movimento Comunitário do Jardim Botânico
Pedreiros finalizam fechamento com muro de praça pública. Polícia informou que não poderia agir

Mulher, identificada como moradora do lote vizinho à praça, se diz dona da área e constrói muro, apropriando-se de todos os equipamentos públicos de ginástica, durante o domingo do dia das mães.

A pracinha com equipamentos de ginástica, banquinhos e um pergolado fica na via de acesso para o Condomínio Ouro Vermelho 2 e a Fazenda Taboquinha. A comunidade que mais a utiliza pertence ao Condomínio Quintas Itaipú, o mesmo que cedeu a área em 2013 para que o GDF instalasse os equipamentos.

Entretanto, em pleno domingo do dia das mães, a moradora da casa ao lado da praça, que se identificou ao blog como “Lourdinha”, resolveu murar toda a área sem notificar o GDF e a comunidade, aumentando seu lote em mais de 1000 m². Ela se diz dona da área e não quer conversa.

Essas praças, no governo Agnelo, eram chamadas de PEC (Ponto de Encontro Comunitário). São áreas públicas de convivência e integração comunitária. Nos anos de 2013 e 2014 a Administração do Jardim Botânico foi contemplada com oito PECs e um deles foi construído nesta área, localizada no Jardim Botânico divisa com São Sebastião (veja aqui no mapa).
Foto: Movimento Comunitário do Jardim Botânico
Mulher quebra muro que dividia sua casa da praça.

Dona Lourdinha mostrou documentos que comprovariam a propriedade do imóvel, mas nenhuma escritura do lote da praça em nome dela. Depois afirmou que tudo era irregular e que o condomínio tomou uma parte do lote dela. O condomínio em questão é o Quintas Itaipú que, por outro lado, apresentou comprovação de que a área era do condomínio e foi doada ao GDF como compensação ambiental, um procedimento necessário para regularização do condomínio, que se encontra todo em área particular.

A propriedade do lote está sendo disputada judicialmente, ainda sem nenhuma decisão, mas dona Lourdinha afirma categoricamente ser a proprietária, que o GDF invadiu sua propriedade em 2013 e, agora, cansada de esperar, resolveu agir.

A Polícia Militar foi chamada, mas se disse impedida de agir, tendo em vista que a área está em litígio judicial. A Administração Regional do Jardim Botânico, informada do problema, acionou a AGEFIS para imediatamente derrubar o muro e restituir a praça à comunidade, porém a área de plantão da AGEFIS não funcionou hoje. “Mesmo que ela tenha razão em relação a propriedade do lote, que vamos averiguar segunda, ela deveria ter comunicado a Administração Regional antes de fechar com muro a praça”, afirmou o administrador regional Alessandro Paiva, que compareceu ao local e intermediou a interrupção da obra com dona Lourdinha.
Equipe da Rede Globo visitou o local e entrevistou a comunidade

A imprensa também foi chamada e filmou todo o imbróglio, entrevistando membros da comunidade e a própria dona Lourdinha. Mesmo com pressão da polícia, governo, comunidade e imprensa, dona Lourdinha, aos berros, afirmou que a propriedade é dela e que vai fechar tudo. A comunidade abriu ocorrência na 30ª DP de São Sebastião, que vai investigar o caso.

=> Rede Globo - Bom Dia DF - Edição de 09/05/2015:


3 comentários:

Minha sogra mora nesse condomínio, e essa senhora Lurdinha, é caçadora de confusões, participei do ato no dia das mães, e mesmo sabendo que estava errada, não parou a obra, pois se acha no direito de se apropriar da área que julga ser utilizada por usuários de drogas.

Quero agradecer imensamente ao MCJB, especialmente à Rosi, Ilton e Flávio, que tanto nos ajudaram nesse dia. O muro ainda não foi derrubado, mas temos certeza de que teremos sempre o apoio do movimento e da comunidade.

Obrigado pessoal!

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