quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Viatura retorna mas destino do posto policial é incerto

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Posto policial: viatura retorna mas destino é incerto
Da Redação do MCJB - 27/08/2015


Tudo indica que o comando da Polícia Militar resolveu não desativar totalmente o único posto policial do Jardim Botânico, conforme divulgado pelo blog, em matéria de 25 de agosto último. Das viaturas que haviam sido realocadas em outras regiões, uma voltou a ocupar o estacionamento ao lado do posto, para atendimento de ocorrências. As rondas pelo bairro, entretanto, não serão retomadas.


Questionado por moradores, um sargento que estava no plantão, confirmou o retorno da viatura, explicando que o tempo do atendimento vindo de São Sebastião estava muito longo. Por isso a decisão de manter uma viatura. O posto, quando os dois policiais estiverem em atendimento, ficará fechado.  


A audiência pública ocorrida na Câmara Legislativa em 18 de agosto, realizada pela Comissão de Segurança da CLDF, focou o debate sobre a destinação dos postos policiais instalados no DF. Entretanto, o tema da audiência pública funcionou como oficialização das desativações e provocou gritaria geral. A indignação pública gerou a suspensão temporária das desativações.


Mas a Polícia Militar é a favor da retirada dos postos. Para o chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Distrito Federal, Coronel Marco Antonio Nunes, em declaração publicada no R7 Notícias, dias antes da audiência pública, “os postos macularam o policiamento comunitário”.


Os postos policiais foram implantados pelo ex-governador José Roberto Arruda, como forma de “retirar os policiais dos quartéis”. Conceitualmente esse objetivo se opõe ao do Cel. Nunes, que defende o policiamento comunitário, isto é, o policiamento que anda pelas ruas e interage com a população.


Esse conceito, no entanto, não se aplica a boa parte do Distrito Federal que, por suas especificidades urbanísticas, não permite essa interação. O Jardim Botânico é exemplo disso. Os condomínios que são acessados pela Estrada do Sol, por exemplo, se distribuem por 8 km de uma avenida isolada, com pessoas apenas nos pontos de ônibus. Somente na DF-001, em meio ao comércio, o policiamento comunitário poderia ser atuante. Essa é a opinião moradores do Jardim Botânico que estiveram presentes à audiência pública.


Luiz Rocha, morador do Jardim Botânico 3, lembrou que “o posto policial do Jardim Botânico é a única instalação da polícia no bairro. Não há qualquer possibilidade da população aceitar a simples retirada do posto, sem que seja apresentada uma alternativa para a segurança da região”.

Os representantes dos Conselhos de Segurança do Distrito Federal foram unânimes contra a desativação dos postos. As diversas regiões administrativas reagiram em defesa da permanência dos postos policiais.


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