Da Redação do MCJB - 05/10/2015
Usuários de ônibus da região do Jardim Botânico sofrem com diminuição de linhas, mudança de trajetos, ônibus lotados, tarifas mais caras e descumprimento de horários. Comunidade reage.
Usuários de ônibus da região do Jardim Botânico sofrem com diminuição de linhas, mudança de trajetos, ônibus lotados, tarifas mais caras e descumprimento de horários. Comunidade reage.
Na última quarta-feira, 30 de setembro, realizou-se reunião entre o Movimento Comunitário do Jardim Botânico com o DFTRANS e a Vice-Governadoria. Na pauta, os problemas com as linhas de ônibus, entre diminuição de linhas, mudanças de trajeto, excesso de lotação e descumprimento de horários. A reunião foi organizada pela Administração Regional do Jardim Botânico, a partir de ofício enviado por moradora, associada do Movimento.
Do DFTRANS estavam o diretor técnico e diretores da área de fiscalização das linhas de ônibus (SUFISA). Do Movimento, estavam Rosilene Marques, presidente do Movimento, e Margarete Soares.
O DFTRANS reconheceu os problemas e informou que já multou a empresa por descumprimento no serviço de transporte público. E prometeu um aumento na fiscalização das linhas que atendem o Jardim Botânico e melhor acompanhamento para que os horários dos atuais itinerários sejam cumpridos. Quanto à implantação de linha exclusiva para o Jardim Botânico, prometida em 2013, não vai ocorrer, pelo menos no curto prazo. O DFTRANS informou que há estudo para construção de terminal próximo a ESAF, mas não há previsão para sair do papel. O terminal integrará as linhas de ônibus que atendem a região.
Foto de reunião com DFTRANS, Administração JB e o Movimento |
A empresa Pioneira, que não estava presente na reunião, alega estar sem ônibus suficientes para atender novas linhas.
Transporte público: insatisfação
As linhas de ônibus que atendem o Jardim Botânico têm saída ou passagem por São Sebastião, padrão de serviço que se estende a quase todos os serviços públicos. O bairro é dependente de atendimento das regiões vizinhas em segurança, saúde, educação e também transporte.
Por isso a mobilidade urbana é uma bandeira encapada há tempos por moradores.
A inclusão de São Sebastião em todas as linhas que atendem o Jardim Botânico teve consequências. Ou os passageiros viajam em pé, em viagens longas e desconfortáveis, ou esperam demais nos pontos de ônibus.
Em meados de setembro passado, o GDF anunciou mudanças nos horários e roteiros das linhas de ônibus do Jardim Botânico e São Sebastião. E “o que era ruim ficou pior”, na avaliação de vários moradores. As principais reclamações destacam o descumprimento dos horários, a diminuição das viagens, a mudança no roteiro dos ônibus e o aumento da lotação dos ônibus. Os moradores e prestadores de serviço podem ter que pagar duas ou três passagens ou moto-taxis em fins de semana, quando os ônibus desaparecem.
O maior problema
A única linha que faz o trajeto Jardim Botânico/Rodoviária (linha 147.7, da Pioneira) é o objeto central das insatisfações, pois agora ela passa primeiramente no Morro da Cruz, em São Sebastião, chegando ao Jardim Botânico completa ou parcialmente lotado. A mudança trouxe diminuição de horários, que nem sempre são cumpridos, sentenciando os usuários a uma espera sem fim e uma viagem em pé, no aperto.
Margarete Soares, uma das coordenadoras do comitê de mobilidade do Movimento Comunitário do Jardim Botânico, e usuária do sistema de ônibus da região, é uma das reclamantes. Segundo Margarete, “há meses que o horário das 22h00 da linha 147.7, saindo da rodoviária, está atrasando bastante (...) Existem vários horários que eles (Pioneira) não estão fazendo, como os das 15h00, 17h40, 19h30”. Margarete também reclama que a fiscalização não faz nada, mesmo quando há denúncia de descumprimento. “Nós aqui do Jardim Botânico só temos essa linha que vai para o Plano Piloto e está bagunçada desse jeito (...) Voltamos aos mesmos problemas de quando era o Grupo Amaral”, reclamou.
Os moradores da região que, após a Portaria nº 4, estão estimados em 100 mil habitantes, muitas vezes precisam pagar três passagens de ônibus para chegar ao seu destino, principalmente os usuários do final da Estrada do Sol.
E tudo se agrava nos finais de semana. “No final de semana não tem ônibus para cá, tenho que ligar para o moto-táxi, que é mais caro e perigoso”, reclama Sra. Ivone, auxiliar de serviços gerais do Condomínio Ouro Vermelho I.
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2 comentários:
Bom dia. Morro da Cruz agora tem integração feita por micros até o terminal, então se torna desnecessário a linha 147.7 continuar entrando lá antes de seguir para o JB.
Esta deve voltar ao trajeto anterior para que ao chegar no JB o ônibus não esteja tão cheio.
Parabéns pela luta. Contem conosco.
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