Por Graça Melo - Editora Chefe do Blog do Movimento Comunitário do Jardim Botânico - 20/07/2016
Ontem, enquanto dois assaltantes faziam um arrastão no comércio da Estrada do Sol, a Polícia Militar informava à direção do Movimento Comunitário do Jardim Botânico, que o bairro era seguro e estava “ótimo”.
Minutos depois, dado o alarme do arrastão que vitimou dezenas de pessoas e foi realizado com violência, policiais confidenciavam ao Blog que a justiça libera bandidos em 24 horas e a PM de São Sebastião, que atende o JB, está com um contingente defasado, além de possuir uma frota de veículos sucateados e inadequados para a perseguição de indivíduos pelas ruas esburacadas de nossas invasões.
Portanto, o Jardim Botânico, que achava possuir um problema, tem vários. Primeiro problema: não possui aparato policial, apesar de ter mais de 65 mil habitantes e um nível de pagamento de impostos invejável, muito superior à de outros bairros; segundo problema: as autoridades acham que vivemos no paraíso da segurança pública, apesar de o Sr. Gilmar ter sido assaltado 38 vezes; terceiro problema: se houver um incidente, como o de ontem, não há viaturas e não há policiais suficientes; quarto problema: se não há viaturas e homens suficientes para coibir ações dos bandidos, prevenir não é um verbo possível de ser conjugado.
Temos algumas soluções à vista. Possibilidades: criar nossa própria segurança. Entretanto, diz a lei que a segurança privada só pode ficar no âmbito privado. É crime concorrer com a segurança pública, mesmo que ela não exista e, na prática, não haver concorrência. Outra possibilidade: pedir ressarcimento do imposto pago. Entretanto, sabemos que o Estado não devolve.
Estamos, portanto, diante de um impasse. O Estado não faz e não devolve o dinheiro. Nós não podemos fazer porque é crime.
Portanto, prezados amigos do Jardim Botânico, precisamos de uma outra alternativa antes que alguém do bairro morra nas mãos dos bandidos, que se tornam dia a dia mais atrevidos, enquanto autoridades insistem em nosso status de paraíso tropical. Será preciso sair às ruas e queimar pneus?! O barulho talvez seja a única forma de nos fazer ouvir. Porque, senhores, nossa paciência esgotou.
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