Da Redação do MCJB - 19/05/2016
Governador Rodrigo Rollemberg, em sua visita ao Jardim Botânico ontem (18), incluiu a comunidade do Jardins Mangueiral e conheceu o prédio do Centro de Práticas Sustentáveis (CPS). Comunidade local solicitou ao governador que o prédio seja utilizado como escola pública.
O prédio é o resultado da cessão de área ao IBRAM como compensação ambiental. Para sua construção foram utilizados bambu e paredes de taipa produzidas com o barro da própria obra, além de madeira de reflorestamento certificada.
O CPS ocupa uma área de 10 mil m2, tem salas de projeção e de artesanato, cozinha sustentável, amplo auditório, estacionamento e várias áreas para o ensino ambiental, como viveiros para criação de mudas de plantas nativas, sistema de tratamento por zonas de raízes (local onde ocorre a filtragem da água vinda da copa), um telecentro para inclusão digital, com conteúdo ligado ao meio ambiente e uma biblioteca. O prédio tem ainda um reservatório com capacidade para 10 mil litros de água tratada para reuso.
Governador faz vistoria nas instalações do CPS com a comunidade. Ele ficou impressionado com a estrutura fechada |
O CPS ocupa uma área de 10 mil m2, tem salas de projeção e de artesanato, cozinha sustentável, amplo auditório, estacionamento e várias áreas para o ensino ambiental, como viveiros para criação de mudas de plantas nativas, sistema de tratamento por zonas de raízes (local onde ocorre a filtragem da água vinda da copa), um telecentro para inclusão digital, com conteúdo ligado ao meio ambiente e uma biblioteca. O prédio tem ainda um reservatório com capacidade para 10 mil litros de água tratada para reuso.
O governador se impressionou com o local, bem como os demais integrantes da comitiva, da qual fazia parte a presidente do IBRAM, Jane Vilas Boas, que explicou a Rollemberg a atual situação do CPS. Entregue e inaugurado em 2013, ainda no governo Agnelo, funcionou por um tempo, em atividades especiais e de validação, mas precisou ser fechado pela demora na concessão do “habite-se”. Em 24 meses custou cerca de 600 mil reais para ser mantido. A projeção de manutenção futura, segundo Jane explicou ao Governador, será de 50 mil reais mensais.
O governador quis saber o motivo da demora no “habite-se” e perguntou qual o modelo de gestão estava pensado para o local. Sobre o primeiro, faltam documentos que já estão sendo providenciados. À pergunta do Blog, sobre a estimativa de tempo, assessores responderam que depende do interessado, ou seja, da construtora Odebrecht. Sobre o segundo, ainda não está formalizado um modelo de gestão. O governador, então, sugeriu que o IBRAM sentasse com a comunidade para elaborar um modelo conjunto.
Comunidade do Mangueiral quer escola pública no CPS
A comunidade do Jardins Mangueiral, presente na visita, pediu ao governador que o prédio fosse destinado a uma escola pública e que sua administração fosse participativa com a Associação dos Amigos do Jardins Mangueiral (AAJM). Paulo Isidoro, presidente da associação, afirmou que o prédio havia sido construído para a comunidade do Jardins Mangueiral e que uma escola é demanda urgente por falta de vagas nas escolas vizinhas.
Jane Vilas Boas (e), explica para governador (d) e o presidente da AAJM, Paulo Isidoro, os motivos do prédio estar fechado por tanto tempo |
Jane Vilas Boas, presidente do IBRAM, esclareceu aos presentes que o CPS, por ser área de compensação ambiental, por força de uma legislação federal, só poderá ser utilizado para educação ambiental, estendendo-se seu público alvo para crianças, adolescentes ou adultos, dentro e fora do bairro.
Paulo Isidro argumentou que o funcionamento pleno do CPS, administrado através de um modelo de gestão compartilhada com a comunidade, vai ajudar muito os moradores do Jardins Mangueiral “a mudarem o olhar sobre as questões ambientais”.
Uma professora de São Sebastião, presente ao evento, destacou que as pessoas falavam de duas demandas diferentes e não apenas uma. A primeira referia-se a necessidade de escola pública, que absorvesse o excedente de alunos. A segunda, para que o CPS começasse a funcionar efetivamente, ao invés de ficar fechado à espera de “habite-se”. Sobre a necessidade de escola, falou que tinha, dentro de sua sala, 47 alunos, o que é considerado superlotação. Apesar dessa sobrecarga, sabia que muitos haviam ficado de fora e lamentava isso.
O governador foi informado pelo administrador de São Sebastião, Waldir Cordeiro, que as comunidades de São Sebastião, Mangueiral, Tororó e Jardim Botânico têm um déficit oficial de 4.700 vagas no ensino público, número que pode chegar a 6 mil alunos se contabilizarem crianças não registradas (veja aqui matéria do Blog sobre necessidade de uma escola para a região). Um representante da Coordenadoria Regional de Ensino de São Sebastião endossou os dados passados pelo administrador e informou que a Secretaria da Educação é obrigada a levar alunos do Jardins Mangueiral e São Sebastião para escolas de outras regiões, aumentando gastos com transporte de alunos.
O presidente da AAJM também pediu ao governador que olhasse para os demais problemas da comunidade. "Nos sentíamos desassistidos e abandonados pelo governo e, agora, esperamos que, com a visita do governador e nossa união com a comunidade do Jardim Botânico, possamos ter nossas demandas atendidas, como nosso parque vivencial que estamos reivindicando há muito tempo", declarou Paulo.
O governador fechou a visita enfatizando a necessidade de um modelo de gestão para o CPS e prometeu analisar as demais questões apresentadas.
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